Normando Rodrigues Advogados

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15 de September de 2025

Defesa da democracia de goela não vale nada!

Por: escritorionr

Desde a Segunda Guerra Mundial e a ascensão dos Estados Unidos como potência capitalista global, a história mostra vários exemplos de como a tal “defesa da democracia” serviu para tudo, menos para defender de fato a democracia.

Em nome desse discurso, os EUA intervieram em diversos países, muitas vezes apoiando golpes militares, ditaduras sanguinárias e regimes autoritários. Tudo era justificado como “promoção da liberdade”, mas na prática significava violência, saque e repressão.

Exemplos não faltam: o golpe de 1954 na Guatemala, que derrubou um governo eleito democraticamente; o apoio à ditadura de Pinochet no Chile a partir de 1973; e a invasão do Iraque em 2003, sustentada por mentiras sobre armas de destruição em massa.

Em todos esses casos, a retórica democrática foi fachada para interesses estratégicos e econômicos.

No Brasil, também corremos esse risco quando setores políticos e sociais se escondem atrás de discursos bonitos para justificar ataques às instituições. Hoje, vemos bolsonaristas dispostos não só a jogar o país no abismo institucional, mas até a apoiar ataques estrangeiros contra o próprio Brasil.

Isso nos lembra de algo importante: democracia não é palavra de efeito em discurso nem hashtag de rede social. Democracia é respeito à Constituição, às eleições, às minorias e à soberania nacional.

Neste Dia Internacional da Democracia, é fundamental dizer: não basta discurso ou aparência de legitimidade. A democracia burguesa, que de democrática tem pouco, já está cheia de engodos que fortalecem a burocracia e não a representatividade da maioria.

Defender a democracia de verdade é praticar valores democráticos no dia a dia: transparência, participação popular, pluralidade de vozes, proteção de direitos humanos e independência das instituições. Também é denunciar e combater, sem seletividade, quando esses princípios são violados.

Porque, se os interesses da população não são atendidos, o que sobra é só uma casca vazia.

Em tempos de crises políticas e tentativas de desestabilização, lembrar disso é essencial. A verdadeira defesa da democracia exige consciência, responsabilidade cidadã e compromisso com uma sociedade livre, justa e que atenda aos interesses da classe trabalhadora.

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