25 de November de 2025
Tentativa de Exéquias, Tentações de São Jair
Tentativas e tentações têm muito em comum. Se a falha das primeiras pode revelar a incompetência de quem tenta, é indiscutível que a doce entrega às segundas demonstra a corrupção de caráter do tentado.
Incompetência e corrupção são traços gritantes da personalidade de JM, incompetente tentador em todas as dimensões da vida e corrupto tentado, seduzido sem a menor resistência.
Oficial do Exército por pouco mais de dez anos, JM foi cedo qualificado por seus superiores enquanto tentado e dominado pela Ganância. Tentou a fabricação e venda de bolsas femininas, a partir de paraquedas furtados. Tentou o garimpo ilegal no MS. Sempre sem sucesso.
Ainda de farda, cada tentativa empreendida por JM para se tornar liderança foi neutralizada pela submissão à tentação da Ira, presente no trato que dispensava a subordinados, segundo relatório interno que identificou a irracionalidade e o desequilíbrio de sua conduta.
Tentado pelo Orgulho corporativo e pela Inveja dos salários civis, JM se tornou terrorista e tentou explodir a Adutora do Guandu para privar a população do Rio de água potável, em “protesto” contra os baixos soldos. Moleque irresponsável, o já capitão JM tentou ainda explodir banheiros em quartéis diversos. Sequer isto conseguiu.
Detalhe importante, uma vez descobertos os planos de JM, o conivente Exército o premiou com uma aposentadoria.
Eleito vereador no Rio (2 anos) e deputado federal (29 anos), JM foi tentado e capturado pela Preguiça em plenário e pela Luxúria em privado. Foi diversas flagrado a dormir em sessões e declarou utilizar recursos públicos para “comer gente”.
Sua biografia reservou para a lúgubre presidência da República a rendição incondicional à tentação da Gula, manifesta num sem número de malfeitos que vão da cobrança de propinas na vacina da Covid, ao caso do Banco Master, não computada a aquisição de mais de 150 imóveis, na maioria comprados à vista e em dinheiro vivo.
Pode-se dizer que, enquanto presidente, o sexagenário fascista realizou os objetivos gananciosos do já corrupto jovem tenente. Aos brasileiros, entretanto, JM dedicou algo incomparavelmente pior do que a corrupção: o genocídio.
A cruel gestão da crise da Covid fez do Brasil um cenário do tríptico “As tentações de Santo Antão”, de Hyeronimus Bosch. Tornamo-nos campeões mundiais de mortes e as estimativas mais ponderadas são de que no mínimo a grossa maioria dos óbitos teria sido evitada, se houvesse um ser humano à frente do País.
JM “ainda” não respondeu por seu crime maior, contra a humanidade. Foi ao menos apenado por suas atabalhoadas e continuadas tentativas contra a democracia, das quais suas características arrogância e ignorância forneceram um aluvião de provas.
Uma vez condenado, JM tentou se furtar à responsabilidade com o recurso habitual no esgoto moral que habita, a fuga. Não uma fuga heroica, rebelada contra a injustiça, nos moldes da fuga das vítimas da ideologia de JM nos campos da morte de Treblinka e Sobibor. Não.
JM tentou a evasão dos que fogem à verdade, quando esta lhes é inconveniente. A canhestra tentativa, foi a da escapadela dos pusilânimes e covardes, dos invertebrados e poltrões, dos fracos e dos frouxos, como o são JM, sua laia e os que ainda o seguem, desprovidos das mínimas qualidades necessárias ao convívio social.
Malfadada de saída, porquanto nascida da mesma cloaca intelectual que parira a mambembe tentativa de golpe de estado, serviu a tentativa para ainda uma vez exibir ao País um ser desprovido de razão e moralmente tão débil quanto. Um tentador tacanho e inapto, e um tentado depravado e gelatinoso.
Abandonado por homens e mulheres de ocasião, JM foi autofagicamente tragado por suas ciclópicas incapacidades, e finalmente posto onde o não menos incompetente Exército o deveria ter colocado em 1988, os ínferos. Fechou-se um ciclo e a porta da cadeia.
Politicamente, JM “Já Morreu”.




