Mulheres e Direito: Bertha Luz

Bertha Luz, nascida em 1894, estudou Ciências Naturais na Universidade de Sorbonne (Paris/FR). Ao voltar ao Brasil em 1918, tornou-se a 2ª mulher a entrar no serviço público brasileiro, ocupando o cargo de Bióloga do Museu Nacional.

Empenhada na luta pelo direito ao voto feminino, criou em 1919 a Liga para a Emancipação Intelectual da Mulher, embrião da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino. Em 1922, representou as brasileiras na Assembleia-Geral da Liga das Mulheres Eleitoras nos Estados Unidos. Na mesma epóca, organizou o 1° Congresso Feminista do país e a União Universitária Feminina. O voto feminino é conquistado em 1932, porém, apesar de sua importância, não significava o fim da opressão. Ainda restavam – e restam – muitas mazelas na vida das mulheres, que exigiam a continuidade da luta feminista.

Em 1936 é eleita Deputada Federal, defendendo mudanças em relação ao trabalho das mulheres e dos jovens, como igualdade salarial, licença para gestantes e redução da jornada de trabalho. Bertha também discutiu os problemas da proteção do trabalho da mulher na Organização Internacional do Trabalho. Seu último ato público foi em 1975, quando participou do 1° Congresso Internacional da Mulher. No ano seguinte, aos 82 anos, faleceu no Rio de Janeiro e hoje é celebrada como um dos principais nomes da luta por direitos políticos para mulheres no século XX.