
14 de January de 2022
Almerinda Farias Gama nasceu em 1899, na cidade de Maceió (AL), e é considerada uma das primeiras mulheres negras a entrar na política. Foi advogada, datilógrafa e cronista. A sua trajetória na militância iniciou quando descobriu que o salário das datilógrafas mulheres era menor que o dos homens.
Em 1929, se mudou para o Rio de Janeiro, e lá foi eleita a 1ª presidenta do Sindicato das Datilógrafas e Taquígrafas, e ingressou na luta pelo sufrágio feminino. Participou como delegada sindical da Assembleia Nacional Constituinte de 1934, que, além dela, só contava com mais uma mulher delegada.
Em 1934, candidatou-se à deputada federal. Em seu panfleto de campanha declarava: “Advogada consciente dos direitos das classes trabalhadoras, jornalista combativa e feminista de ação. Lutando pela independência econômica da mulher, pela garantia legal do trabalhador e pelo ensino obrigatório e gratuito de todos os brasileiros em todos os graus.” Não ganhou a eleição, mas se tornou uma forte dirigente em um cenário em que apenas homens brancos tinham voz.
Apesar dos avanços, as pautas de sua época não destoam de reivindicações atuais, como igualdade salarial entre gêneros. Portanto, manter viva a história de mulheres como Almerinda é manter viva a ousadia e coragem necessária para continuar a lutar contra as injustiças.
Por Larissa Franco, estagiária no Núcleo Plural