11 de August de 2023
A coluna hoje é um pouco diferente. Não vamos falar, pelo menos não diretamente, de conjuntura, de ações jurídicas ou de política, mas sim da assessoria jurídica, muito embora acredite que o texto se aplique a todos os tipos de assessorias.
A participação da assessoria jurídica em congressos, seminários, plantões e reuniões é sempre uma atuação carregada de situações que demandam um certo “jogo de cintura” para lidar com os imprevistos que surgem a todo momento e demandam agilidade para apresentação de soluções técnicas e eficientes, além de empatia. Assessores são, então, como artistas improvisando em cena.
No quesito improvisação, respostas rápidas e empatia, posso afirmar que o CONFUP é um evento especial. A reunião de trabalhadores de todos os recantos, a troca de informações e as discussões realizadas neste espaço, torna o evento um grande desafio para a assessoria jurídica. Ter empatia para compreender as demandas e anseios de uma categoria tão diversa e importante quanto a petroleira não é algo simples e requer experiência e grau de afinidade que poucos possuem.
O 19º CONFUP realizado em Cajamar, foi um evento repleto de simbolismos e com muitas expectativas de toda a categoria. Afinal, depois de toda a destruição causada no Sistema Petrobrás pelos governos pós-golpe, finalmente petroleiros e petroleiras começam a abandonar a angústia e conseguem perceber que toda a luta e resistência realizada nesse período valeu a pena. E, como todo bom artista, a assessoria jurídica, mais uma vez esteve presente para auxiliar na elaboração das estratégias de luta, apontando caminhos e, às vezes, com a ingrata tarefa de “segurar” a ansiedade e ímpeto dos trabalhadores.
É uma responsabilidade para poucos!
Aliás, o trabalho não se limita à redação de cláusulas, pareceres, notas técnicas e manifestações, pois gostamos de gente, do chão de fábrica. Crescemos e evoluímos em um trabalho que se inicia muito antes do CONFUP e continua após o término dele.
Se todo artista tem que ir aonde o povo está, esta Assessoria Jurídica, pedindo desculpas por parecer “jogar confete sobre si mesma”, tem a certeza que saiu desse CONFUP “com a roupa encharcada e a alma repleta de chão”.