
30 de August de 2022
Por Normando Rodrigues
O futuro depende não só da memória do “jardineiro”, mas dele se manter fiel a si e ao mundo em que acredita. Fiel o bastante para saber que Temer e Bolsonaro quebraram o Brasil.
Em 2005 Lula governava quando foi lançado “O Jardineiro Fiel”, filme de Fernando Meirelles adaptado de romance do veterano escritor de espionagem John le Carré.
Misoginia
Na trama, uma ativista de direitos humanos (Rachel Weisz em papel que lhe deu o Oscar de atriz coadjuvante) e esposa de um diplomata, é encontrada morta em circunstâncias que indicavam crime passional em caso extraconjugal com um amigo do casal, desaparecido desde então.
O marido (Ralph Fiennes), jardineiro diletante, poderia ter sido logrado ali, dominado pelo machismo, sentindo-se traído e humilhado por um adultério exposto a todos. Isso se ele fosse um bolsonarista misógino, dos que dizem “não vou te estuprar porque você não merece”, ou “quem quiser vir ao Brasil fazer sexo com mulher é bem vindo”.
Porém, da mesma forma como o jardineiro citado por Lula se recorda de sua vida nos anos de governo do PT, o viúvo conhecia a companheira e se propôs investigar.
Genocídio
E a investigação revela um escândalo de saúde pública colonizada por interesses de gigantes farmacêuticas e experimentação em massa de medicamentos em seres humanos. O que a encenação de assassinato por amante visava ocultar era uma farsa da Cloroquina combinada com mengelismo tipo Prevent Senior.
No entanto, justiça não é cinema. Qualquer chance de responsabilização de médicos, militares e militantes fascistas, culpados de corrupção, genocídio e crimes contra a humanidade, passa por Lula ser eleito este ano, ou tudo continuará acobertado por muitos e novos sigilos de 100 anos.
Para isso, também o jardineiro de Lula deve recusar a ideia de que foi traído e investigar. Se o fizer, vai descobrir que Lula e Dilma deixaram o Brasil com mais de 380 de bilhões de dólares em reservas internacionais e que nem o Brasil nem a Petrobrás quebraram sob o PT.
Os assassinos
A Petrobrás foi saqueada e esquartejada por Temer, o Usurpador, e por Bolsonaro, o Lobisomem, que a tornaram a única das 20 maiores empresas de petróleo do planeta a não ter uma rede de postos de combustíveis que maximize seus lucros. E dolarizaram os preços de gasolina, diesel e gás de cozinha, assim tirando bilhões do povo e colocando no bolso de especuladores.
O resultado foi que, além de torrarem o dinheiro deixado por Lula e Dilma, criaram filas na compra de jatinhos, helicópteros e iates pelos ricos, sem que paguem impostos. E filas de ossos para os pobres, que pagam impostos.
Nosso jardineiro descobrirá facilmente os assassinos da trama. E saberá em quem votar.